domingo, 3 de junho de 2012
Oficinas de vídeo com a comunidade escolar
Na pauta de ação do NDG está a realização de oficinas de vídeo, para que os próprios sujeitos sociais contem as suas histórias. Pode ser a filmagem de uma aula, como tem feito de forma brilhante a comandante Marly Gribel, ou o registro da realidade das escolas, dos bairros e locais de trabalho. Se considerarmos que a grande mídia é omissa e vendida, e que os governos gastam rios de dinheiro para mostrar uma realidade que não existe, a proposta das oficinas ganha ainda mais força. Que os próprios professores, alunos, pais de alunos, toda a comunidade, enfim, registrem o seu cotidiano, e produzam filmes e documentários contando aquilo que as elites dominantes tentam esconder. Na próxima semana vamos voltar ao tema, com sugestões e dicas para realizar este desafio, enquanto nos preparamos para os novos embates.
domingo, 13 de maio de 2012
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Marly Gribel dá o tom do trabalho de base do NDG
Clique aqui e assista ao vídeo
A combativa colega Marly Gribel apresenta um excelente trabalho de base que precisa se fazer junto aos colegas, aos alunos e a toda a comunidade. Vale a pena assistir e reproduzir na rede social.
domingo, 15 de abril de 2012
Encontro de lideranças do NDG: o primeiro passo foi dado e a criança nasceu. VIVA!
Marly Gribel |
domingo, 15 de abril de 2012 |
REUNIMOS de
maneira informal para um primeiro encontro de lideranças de várias
regiões do Estado para gestar(nascer) aquilo que que até então era um
movimento iniciado na greve e que hoje apresenta uma nova perspectiva de
renovação contra tudo que está aí: sindicato caduco, antiquado e fora
de qualquer contexto para uma luta eficaz e de classe, diante do avanço
das forças organizadas oligárquicas burguesas contra os trabalhadores
em todo o Brasil- educação, saúde, construção civil, camponeses, entre
outros.
O encontro foi na sede
de um sindicato da construção civil- O MARRETA, por sinal, local muito
adequado para o encontro: o início de tudo está na base, na construção
diária, tijolo por tijolo, dito de forma muito pertinente por um membro
da construção civil.
Dentro do meu tempo de
fala abordei duas questões que estão colocadas de uma forma muito clara e
contudente no Estado de Minas Gerais: a inoperância do sindute que não
consegue aglutinar nada de concreto para a categoria e o desrespeito do
governo com a Educação . A ausência de respeito é tamanha que nem as
leis previstas na Magna Carta e no Estatuto do magistério são respeitas :
Direito ao Piso Salarial, tempo extra classe, férias prêmio, pagamento
das reposições dos dias trabalhados da greve de 2011 e violência no
interior das escolas.
Enfim, o Estado de Direito começa a desaparecer em Minas de uma forma organizada e planejada: O Piso é solapada da maneira mais cruel, após 112 dias de greve e com documento assinado de comprometimento e tudo mais. O tempo extra-classe desrespeitado e em seu lugar o aumento de horas de trabalho com a utilização do chamado módulo II- que nada mais é que aumento da carga horária no local de trabalho. Neste espaço não são oferecidos ferramentas para que o professor construa atividades, visto que a maioria das escolas não dispõe de computadores para este fim e esta é uma das nossas principais ferramentas do trabalho diário. Nem os tablets anunciados pelo Ministro da educação ainda chegaram para compensar as perdas e danos da Educação mineira neste espaço vazio de sobrecarga de trabalho.
Enfim, o Estado de Direito começa a desaparecer em Minas de uma forma organizada e planejada: O Piso é solapada da maneira mais cruel, após 112 dias de greve e com documento assinado de comprometimento e tudo mais. O tempo extra-classe desrespeitado e em seu lugar o aumento de horas de trabalho com a utilização do chamado módulo II- que nada mais é que aumento da carga horária no local de trabalho. Neste espaço não são oferecidos ferramentas para que o professor construa atividades, visto que a maioria das escolas não dispõe de computadores para este fim e esta é uma das nossas principais ferramentas do trabalho diário. Nem os tablets anunciados pelo Ministro da educação ainda chegaram para compensar as perdas e danos da Educação mineira neste espaço vazio de sobrecarga de trabalho.
Quanto a inoperância do Sindicato:
Fica evidente a
incapacidade deste grupo, todo formada por uma única corrente- a
"Articulação", que gasta fortunas com encontros em Hotéis caros como o
Royal Center, faz Congressos caríssimos em Araxá, e atualmente convoca a
categoria para um encontro em Tiradentes para lançamento da 13ª Semana
Nacional em defesa da Educação. Inclusive fizeram manifestação na ALMG
sem comunicar ninguém, nem as subsedes- pelo menos não consta lá no site
das subsedes ou envio por mala direta da "intenção"- o panelaço ou a
bagunça empreendida no I encontro do Fórum Nacional. Foi ideia isolada
do grupo Articulação e que ideia..... Eu, particularmente, achei aquela
ação horrível, pouco construtiva e atestado de burrice frente ao povo-
deve ser aquelas ações secretas do Sindute- decididas por eles e para
eles.
Quanto as nossas ações desenhadas no I encontro-
- apresentar para a Direção atual, na cidade de Tiradentes, dia 21/04 documento de solicitação para instalação de outdoors e propaganda eficaz nos meios de comunicação, de esclarecimento da nossa real situação para os mineiros. Este não é um anseio isolado do NDG mas de toda a categoria. E diante dos gastos apresentados acima, com certeza devem ter dinheiro para bancar isto aí.
- Outro ponto abordado- O Sindute disponibilizar suprimentos para venda: camisetas, adesivos, bonés etc, via site de compras ou via subsedes.
Pontos a serem construídos e que não foram devidamente amarrados:
Por fim, destacar que concordo plenamente com o professor Euler no seu texto:" o socialismo que pretendemos neste momento de opressão e exclusão social é muito simples: o direito ao Piso e tempo extra-classe, às condições adequadas de trabalho, a real democratização dos espaços escolar e na comunidade".
Já fomos mais respeitados, já tivemos gestores mais democráticos e salários melhores e a sobrecarga de trabalho era menor. Hoje estamos sendo triturados por este governo crudelíssimo do PSDB, que quer nos conduzir como gado. Falo isto com propriedade, pois trabalho neste Estado há 26 anos.
- Articular junto a base uma Nova direção sindical, disputando inclusive as próximas eleições/ ou desfiliação em massa e viabilização de uma Associação de profissionais da Educação. Esta proposta não foi definida ainda (mas, caso ocorra a disputa pela Direção creio que teremos que criar um fundo - uma conta- para disponibilizar a locomoção dos nossos futuros candidatos.) Espero que uma das primeiras cidades a ser visitado pelo comandante Euler seja Montes Claros.
- Discutiu-se também a ampliação da discussão nas redes sociais com o envolvimento de alunos, comunidade, associações de bairros e sindicatos em geral. Este trabalho, cartilha, será construído ao longo do ano por diferentes ações. Em breve , disponibilizarei uma forma simples de trabalhar nas redes sociais com alunos e professores. Esta ideia ou vídeo será divulgada nas redes sociais e nos blogs.
Por fim, destacar que concordo plenamente com o professor Euler no seu texto:" o socialismo que pretendemos neste momento de opressão e exclusão social é muito simples: o direito ao Piso e tempo extra-classe, às condições adequadas de trabalho, a real democratização dos espaços escolar e na comunidade".
Já fomos mais respeitados, já tivemos gestores mais democráticos e salários melhores e a sobrecarga de trabalho era menor. Hoje estamos sendo triturados por este governo crudelíssimo do PSDB, que quer nos conduzir como gado. Falo isto com propriedade, pois trabalho neste Estado há 26 anos.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Sindute MG participou de mais uma farsa na ALMG- a coordenadora nem ocupou a mesa
Marly Gribel |
quinta-feira, 12 de abril de 2012
O Sindute Mg participou
de mais uma maratona de tolices na ALMG. Assisti pela TV. promoveram um
panelaço- prato com os seguintes dizeres:A Educação tem fome de Piso
Salarial, Carreira e Qualidade. Interessante é que terminamos a greve
com uma proposta de Piso, assinado por deputados e membros do governo de
MG.
Enquanto isso a
coordenadora- que anda sem prestígio nenhum, não ocupou a mesa da
plenária, apesar de vários deputados do PT aliados da mesma estarem
presentes e que fizeram da greve dos educadores palco de suas campanhas
futuras. Será que o grupo Articulação não percebeu isto ainda? Ou será
conivência mesmo?
Foi um pré projeto
apresentado para daqui a dez anos pelo secretário adjunto do Ministério
da Educação e coordenador do Fórum Nacional de Educação, Francisco das
Chagas Fernandes . Foi uma exposição inócua, vazia e sem nada de novo
no front. Estamos cansados deste blá bla´. Queremos a correta aplicação
da Lei. Muito simples. Mas insistem nesta palhaçada de pré -sal para
financiamento da Educação- fica evidente que é campanha para tempos
distantes.Mais uma nova enrolação.
Obviamente, o governo
aproveitou de mais esta oportunidade dada pelo sindute para tripudiar lá
na sua página oficial, que atualmente virou palco de críticas diversas à
atual direção. Não há mais respeito, ou seja, perdeu-se o medo da
entidade sindical que atualmente nos representa. E infelizmente, as
instituições oligárquicas burguesas tem que nos temer sob o risco de
vivermos isto que estamos presenciando até aqui- Todos os direitos
sonegados e todas as reinvindicações desprezadas. A secretária adjunta
de Estado da Educação, Maria Ceres Pimenta desistiu de palestrar para
nos humilhar e menosprezar as pessoas presentes
Mas a luta é instrumento
de quem trabalha e apesar de quererem nos transformar em zumbis( mortos
vivos) temos guardados também nossas surpresas e que brotarão antes que
o governo pisque os olhos. E o medo nascerá das nossas ações e o
respeito será restabelecido. A caixa de Pandora dos educadores será
aberta e todos os males e demônios serão libertos para perseguir os
nossos opressores.
Não é possível
convivência pacífica com quem nos explora, e este governo ( o PSDB)
ultrapassou todos os limites e como já o fez com todos os requintes de
crueldade, também terá seu retorno, como será visto nos próximos meses e
anos.
O NDG fará seu encontro
de lideranças, não esquecendo que fazemos parte do Sindute MG, apesar
das nascentes diferenças no modo de ver e perceber a realidade que nos
cerca. E não estamos gostando nada deste novo cerceamento contra nós
promovido de forma intensa pelo governo, nem pelo bombardeamento contra
todas as ações empreendidas pelo sindicato.
Estamos vivos e com urgência! Vamos em busca de liberdade, democracia e novas formas de luta.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Greve dos profissionais da Educação de BH recebe apoio
Frei Gilvander:
TODO APOIO À GREVE DA EDUCAÇÃO INFANTIL EM BELO HORIZONTE, MG, Brasil.
Manifesto de apoiadores
Nós,
entidades sindicais e populares, representantes das classes
trabalhadoras da cidade vimos a público manifestar incondicional apoio à
greve das professoras da educação infantil da rede municipal de Belo
Horizonte, MG, por sua justa reivindicação de reconhecimento da
carreira, por parte da Prefeitura de Belo Horizonte – PBH -, conforme os
demais professores do município. As crianças da cidade estão há 21 dias
sem atendimento e o prefeito não tem postura responsável de negociação.
Reafirmamos
que todas as crianças de 0 a 6 anos têm direito a uma vaga na educação
infantil, pública e de qualidade. Com professoras capacitadas a orientar
o seu desenvolvimento integral: psíquico, motor, cultural, cognitivo e
social. Mas o prefeito Márcio Lacerda e sua secretária de educação negam
garantir esse direito quando não valoriza o trabalho e a carreira das
professoras. Além disso, não ampliam o atendimento a todas as crianças
do município com a criação de vagas e construção de novas unidades.
Essa
política do prefeito é parte de toda a desvalorização da educação
municipal, pois, segundo o Sind-REDE/BH (sindicato das professoras) a
prefeitura de BH descumpre a lei que obriga o investimento de 30% do
orçamento do município em educação. A média de gastos, na verdade, tem
sido de 19% apenas. Mesmo assim, boa parte desses recursos são gastos
com projetos assistencialistas, que são necessários, mas, não são
despesas da educação.
Enquanto
isso, o prefeito gasta cerca de 40 milhões de reais com propaganda que
nada informa de verdade e que só busca enganar a população e visando a
sua reeleição. Ainda segundo cálculos do sindicato, bastariam 12 milhões
de reais para unificar a carreira da educação e garantir os direitos
das educadoras.
Compreendendo
que a luta das professoras da educação infantil pela valorização da sua
carreira é uma luta de toda cidade, e principalmente das classes
trabalhadoras, pelo acesso e pela qualidade na educação, solicitamos do
prefeito Márcio Lacerda que abra imediata negociação com as professoras
em greve e atenda sua justa reivindicação de serem tratadas
verdadeiramente como professoras qualificadas e importantes para o
desenvolvimento das nossas crianças.
A greve continua, Lacerda, a culpa é sua!!
Assinam esse Manifesto:
Fórum
Social Mundial-MG, Associação Comunitária Vale das Acácias de Santa
Luzia, Central Sindical e Popular-Conlutas, SindUTE/MG, Quilombo Raça e
Classe, SindsPrev/MG, Associação Nacional dos Estudantes Livre/MG, F. S.
D. MET./MG, Federação Democrática dos Metalúrgicos/MG, Sintappi/MG,
Movimento Mulheres em Luta/MG, Sindeess, KOLPING Vila, Mov. Oposição
Bancária, Comunidade Camilo Torres e Irmã Dorothy, Comunidade Zilah
Spósito/Helena Greco, ABRIGO Dandara, Brigadas Populares, PSTU, frei
Gilvander Luís Moreira, educadores do NDG - MG.
(Manifesto aberto a outros apoiadores)
(A greve é direito de todos os trabalhadores)
Um abraço afetuoso. Gilvander Moreira, frei Carmelita.
e-mail: gilvander@igrejadocarmo.com.br
Facebook: gilvander.moreira
skype: gilvander.moreira
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Reunião do NDG já tem local, dia e hora
"Diante da emergência de se organizar a ação dos profissionais da Educação de Minas, as lideranças do NDG devem realizar uma reunião ampliada no próximo dia 14 de abril, sábado, em Belo Horizonte. A expectativa é de reunir colegas educadores da Capital e do Interior de Minas para planejar e encaminhar as ações dos educadores da base da categoria. O objetivo central é a conquista do piso salarial nacional na carreira dos profissionais da Educação de Minas, que foi burlado pelo governo do estado. Mas outros temas serão também discutidos. Várias iniciativas têm sido propostas por colegas educadores de todo o estado, entre as quais, ações de mobilização e divulgação pública da nossa luta; trabalhos coletivos nas escolas e ações na justiça e junto ao ministério público federal. Ainda não estão confirmados o local e o horário da reunião, que serão anunciados antes do feriado do dia 06 de abril. O transporte para a reunião deverá ser organizado de forma descentralizada em cada região, podendo contar com o apoio das subsedes interessadas em participar. Em breve disponibilizaremos um telefone para contato. Caso haja necessidade de alteração da data, ou mesmo sugestão de outra data, entrem em contato conosco através do e-mail deste blog (ndg.minasgerais@gmail.com). Quaisquer sugestões sobre este encontro podem ser enviadas para o e-mail citado, ou em comentário no blog. Em breve traremos novas notícias sobre esta reunião para dar um importante passo na conquista dos nossos objetivos. Outras informações também poderão ser colhidas em alguns blogs dos educadores de Minas, que são indicados na coluna ao lado.
Força na luta!".
Portanto, já tendo firmado o dia da reunião - dia 14/04, sábado, faltava apenas definir o local e o horário. Atendendo ao pedido da comandante Marly Gribel, a reunião acontecerá na parte da manhã, com início às 9h e término previsto para algo próximo de 13h, podendo ampliar o horário, caso haja necessidade.
Quanto ao local, havia oferta de dois espaços: do Sindirede e do Marreta, ambos em áreas bem centralizadas da Capital mineira. Como o NDG já se reuniu por duas ou três vezes na sede do Sindirede, optamos, desta vez, pelo sede do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção de Belo Horizonte (MARRETA), cujo endereço é: Rua Além Paraíba, 425 - Lagoinha - Belo Horizonte. Referência: saída a esquerda da Rodoviária e do metrô Lagoinha, subir a rua Além Paraíba. Quem quiser acompanhar no mapa do São Google, é só clicar aqui. O tenente NDG Rômulo garantiu que bem próximo do local funciona um restaurante com almoço de primeira. A recomendação é que cada colega banque a sua refeição. Mas, caso necessário, o NDG possui uma pequena quantia de moedas que devem ser usadas inclusive para este fim.
Contamos com a participação dos combativos/as colegas para discutirmos os encaminhamentos das ações de luta propostas, pela base e para a base.
Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!
E Feliz Páscoa para todos e todas!
***
Fonte: Blog do Euler
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Marly Gribel:
"Altamiro Borges: Redes sociais e luta por hegemonia
Este texto publicado no
Blog do Altamiro Borges serve para várias análises e vêm de encontro a
tudo que estamos tentando implementar nos blogs ligados à Educação no
Brasil - A " força organizada".
Estamos hoje à mercê
das elites, porque na verdade elas dominam todos os espaços e conseguem
congregar seus interesses de classe de uma forma organizada,
sincronizada. Enquanto os educadores permanecem perdidos, buscando o
mínimo: seus direitos, estes que o Sindicato têm por dever buscar:
férias prêmio, pagamento dos dias repostos, outdoors, visita às escolas.
E nem isto esta turma que atualmente ocupa o poder não realiza. Coisas
mínimas, pequenas, baratas - coisas que basta um encontro com a
Secretária , uma pressão na mídia, na justiça e sai. Porque
o principal: O piso Salarial, os recursos para a Educação à nível
nacional - estes terão que ser novamente buscados, ou pela força das
Leis (e isto o sindicato vêm tentando) ou pela força da Greve.
Infelizmente, o Sind-UTE
finge que o NDG não existe e porque será que finge? Por ter medo de
perder o poder? de dividir o poder? Mas o poder é para ser
compartilhado, dividido, descentralizado. Precisamos aprender a conviver
democraticamente. Caso contrário, iremos propor desfiliação em massa e
formar uma associação independente. O grupo do Euler surgiu como uma
esperança - o NDG - e estamos correndo atrás dela.
Mas o NDG só pode partir
das coisas simples, neste momento (por falta de dinheiro mesmo) e
congregar ações mais complexas a partir de um eixo- que será construída
e que iniciará no dia 14/04.
As mais simples estamos
tentando implementar - denunciar nas redes sociais - expandir o
compartilhamento à nível mundial, construir textos para serem
partilhados no espaço escolar. Mas fica díficil, se estas pequenas e
grandes ações não estiverem unificadas , pelo menos à priori pelos
educadores em rede. E esta rede anda muito frágil - precisamos aprender/ensinar/reutilizar esta complexa máquina de congregar gente - as redes
sociais.
Altamiro Borges: Redes sociais e luta por hegemonia : Por Vito Giannotti, no jornal Brasil de Fato : Hoje, ao falar em comunicação dos trabalhadores, logo aparece a pergunta sobre o papel das ..."
Fonte: http://gribelm.blogspot.com.br/
domingo, 1 de abril de 2012
Lideranças do NDG devem se reunir no próximo dia 14
Força na luta!
quinta-feira, 29 de março de 2012
A merenda negada, e o piso também! Oh Minas!
O governo de Minas diz que o corte da merenda foi em cumprimento da lei. Vamos admitir que tal argumento seja pertinente. Mas, em seguida, surge a pergunta que não quer calar:
Os educadores de Minas estão sem piso, sem carreira, e agora também sem merenda. Oh Minas!
E a Lei do Piso? Não tem que ser cumprida não?
Os educadores de Minas estão sem piso, sem carreira, e agora também sem merenda. Oh Minas!
terça-feira, 27 de março de 2012
Agência Brasil reconhece que notícia sobre o valor do piso em Minas não corresponde à verdade
Coluna da Ouvidoria – Um caso típico de desencontro de informações
26/03/2012 - 20h41
Brasília – Dez dias depois que o Ministério da Educação (MEC) anunciou o
novo piso nacional do magistério para 2012, no valor de R$ 1.451,00, a Agência Brasil publicou,
no dia 8 de março, matéria intitulada “Nove estados ainda não pagam o
valor do piso nacional dos professores para 2012” . Os dados que
fundamentam a matéria foram levantados nas secretarias estaduais de
Educação nos 27 entes federativos da União. De acordo com a matéria, em
18 unidades da Federação, os professores da rede estadual receberão na
folha de pagamento de março valor igual ou superior ao definido pela
lei. Destes 18, “12 estados já praticavam valores superiores ao
estipulado para este ano e seis reajustaram a remuneração do seu quadro
logo depois que o MEC anunciou o aumento”. Entre estes 12, está Minas
Gerais, com piso salarial de R$ 2.200,00.A notícia, no mesmo dia de sua publicação, provocou reação de seis leitores, todos de Minas Gerias, que enviaram correspondência à Ouvidoria, reclamando que o valor do piso no seu estado não corresponde ao valor que aparece na matéria. Alguns, inclusive, sugeriram uma consulta ao sindicato dos trabalhadores da categoria no estado para conferir o valor. Assim que recebeu as reclamações, a Agência, com o objetivo de acrescentar informações discordantes, adicionou à versão original a seguinte nota de rodapé: O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) informou que o estado paga a remuneração global de R$ 1.122,00 e que nesse valor estão incluídas todas as gratificações e vantagens pessoais, e não apenas o vencimento básico, como deve ser o piso.
A leitora Ercília de Assis Tomaz Venâncio, de Governador Valadares, por exemplo, questionou: “Gostaria de saber de onde vocês tiraram que Minas paga R$ 2.200,00 aos professores?” Já o leitor Marcos Faria, de Barbacena, reclamou: “A matéria divulga dados falsos. No caso especificamente de MG, segundo a matéria, o piso salarial é R$ 2.200,00. Se a repórter tivesse verificado, bastaria procurar a Lei Estadual 2.355, de novembro de 2011, que estabelece a remuneração unificada (criou-se um teto salarial, e não piso). A Lei Federal 11.738, de 16/07/2008, que estabeleceu o piso nacional, diz que a remuneração estabelecida é para professor com nível médio de escolaridade e que o valor deveria ser aplicado segundo os planos de carreira de estados e municípios. O governo de Minas Gerais destruiu o Plano de Carreira do Estado para não pagar e estabeleceu o teto de R$ 1.320,00 para o professor com curso superior (licenciatura curta). Como meio de comunicação bancado com recursos de nós, cidadãos, [a Agência] não deveria fazer uma reportagem desse tipo. Merecemos mais respeito e que nosso dinheiro seja bem utilizado.”
Outro leitor que também se manifestou à Ouvidoria foi Daniel Emilio da Silva Almeida, de Santa Luzia. Ele diz: “Acabei de ler a reportagem intitulada ‘Nove estados ainda não pagam valor do piso nacional dos professores para 2012’, e julgo que as informações a respeito das remunerações de Minas Gerais necessitam ser alteradas. O piso atual de MG não é o divulgado pelo site (R$ 2.200,00) e, na melhor das hipóteses, o seria no futuro, se estiver constando em um planejamento orçamentário estadual. Além disso, os professores da rede estadual estão em grande conflito com o estado, pois o ‘subsídio’ está sendo muito utilizado pelo governo para inflar os salários. E sugiro uma errata a respeito após uma conversa mais detalhada com o sindicato dos professores de MG.”
Clayton Lúcio Coelho, de Belo Horizonte, também se manifestou à Ouvidoria. Segundo ele, é “muito fácil publicar uma matéria sobre o piso do magistério onde consta que Minas paga R$ 2.200,00 de piso aos professores e, em nota de rodapé, com letras minúsculas, dizer que fazem parte desse piso benefícios e gratificações, ou seja, o oposto que diz a Lei 11.738/08. Afinal de contas, onde está a seriedade com a informação e com a ética desse jornal???.”
O leitor Luís Carlos da Silva, de Belo Horizonte, também questionou a informação de que o piso em Minas Gerais é no valor de R$ 2.200,00. Comentou ainda: “Essa é a versão do governo, com todos os penduricalhos. Qual teria sido o motivo da greve de 112 dias? Sinceramente, venderam mercadoria podre. O 'piso' é R$ 712 (com um reajuste recente). Na forma de subsídio, agregando penduricalhos (que não devem compor a noção de piso). É só consultar o SindiUTE-MG.”
Luiz Orozimbo Gomes, da cidade de Chalé, também se manifestou: “Quem escreveu a matéria sobre o pagamento do piso salarial dos professores, deve ser fã de carteirinha do governador de MG. Pois sou professor da rede estadual há 23 anos, tenho licenciatura plena e pós-graduação e nunca, mas nunca mesmo, meu salário atingiu a quantia dos R$ 2.200,00 propagados por essa agência de notícias. Meu contracheque está à disposição do digníssimo repórter que fez essa matéria mentirosa (no que diz respeito a MG) – este mês recebi pífios R$ 1.420,00. Se o nobre jornalista souber onde está a diferença entre o que foi propalado e o que não recebi, por favor me diga. Imprensa séria não divulga mentiras.”
A Diretoria de jornalismo da EBC, atendendo a demandas destes leitores, respondeu no mesmo dia da publicação da matéria: “A informação da Secretaria de Educação de Minas Gerais à Agência Brasil é que o piso salarial equivalente a 40 horas é de R$ 2.200,00, conforme estabelece a lei, mas que, de fato, os professores que trabalham com carga horário de 24 horas recebem o equivalente a R$ 1.320,00. A lei estabelece um piso de R$ 1.400,00 para professores que trabalham 40 horas.”
No dia seguinte,acrescentou uma nota de rodapé na matéria: “O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) informou que o estado paga a remuneração global de R$ 1.122,00 e que nesse valor estão incluídas todas as gratificações e vantagens pessoais, e não apenas o vencimento básico, como deve ser o piso.”
No dia 12 de março, quatro dias depois da publicação da primeira matéria, a Agência Brasil reconheceu a discrepância entre os dados apresentados na notícia do dia 8 de março, ao veicular nova matéria com informações levantadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Com o título “Maioria dos Estados descumpre piso nacional do magistério, mostra levantamento dos sindicatos”. Na matéria, consta que apenas oito estados estão cumprindo a lei, ao invés dos 18 constatados na primeira matéria. Das 12 unidades da Federação que constavam na lista publicada na primeira notícia como pagadoras de valores superiores ao novo piso, apenas cinco foram confirmadas pela CNTE – uma delas com o pagamento de um valor proporcional para um regime de menos de 40 horas semanais, que a Lei do Piso permite – e das seis que alegadamente fizeram reajustes, apenas 3 foram confirmadas.
Este relato serve para mostrar o desencontro de informações, principalmente na primeira notícia publicada pela Agência Brasil. Diante disso, decidimos pesquisar a cobertura do assunto em seis outros veículos da chamada grande imprensa - Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Jornal do Brasil, Estado de Minas e Correio Braziliense. O resultado da pesquisa revelou que três não fizeram mais do que reproduzir a primeira matéria da Agência, um reproduziu na íntegra a primeira matéria e uma versão da segunda, o outro não publicou nada sobre os valores pagos nos estados e somente um – a Folha – fez seu próprio levantamento, cujos resultados, baseados em dados das secretarias estaduais de Educação e dos sindicatos, foram divulgados três dias antes da publicação da primeira matéria da Agência, mas não deu continuidade ao assunto. No levantamento feito pela Folha, nove unidades da Federação, entre elas o estado de Minas Gerais, constam como pagadoras já do novo valor do piso e três como pagadoras do valor do piso de 2011 com reajustes anunciados para março de 2012.
O que significa dizer que, do ponto de vista do princípio jornalístico de confirmar as informações, consultando mais de uma fonte e ouvindo o outro lado - a Agência Brasil foi omissa na publicação da primeira matéria. Do mesmo modo que não poderia publicar a inclusão de gratificações e abonos nos valores reportados pela maioria das secretarias estaduais, já que é uma prática que não é permitida pela Lei do Piso desde janeiro de 2010 e que já foi condenada pela Justiça Estadual do Rio Grande do Sul e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Entretanto, cabe louvar a iniciativa da Agência Brasil de fazer o levantamento e, sobretudo, dar sequência ao assunto em função das críticas feitas pelos leitores. Mais uma prova disso foi a matéria recente sobre o piso salarial publicada no dia 21 de março, onde uma das críticas feitas pelos leitores que escreveram à Ouvidoria – o achatamento salarial em Minas Gerais dos professores que ganham acima do piso – é abordado. Com título “Em Minas, governo e professores divergem sobre valor do piso”, a reportagem da Agência Brasil mostra que a briga entre o governo do estado e o sindicato dos professores sobre o modelo de remuneração do magistério chegou à Justiça.
Intencionalmente ou não, a estratégia da Agência Brasil de divulgar informações de forma fragmentada, ao invés de esperar para publicar matérias mais completas, faz parte do jornalismo eletrônico. No caso da abordagem dos valores pagos aos professores, esta estratégia surtiu um efeito positivo, pois contou com a participação do público para gerar um processo de feedback com as críticas dos leitores e a procura de fontes alternativas para dar o contraponto. Efeito que pode ser explicado acionando a perspectiva das teorias sistêmicas, que partem da premissa de que ninguém é onisciente, e o erro é indispensável para gerar os sinais necessários para corrigir o rumo.
Boa Leitura.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-26/coluna-da-ouvidoria-%E2%80%93-um-caso-tipico-de-desencontro-de-informacoes
P.S.: Por sugestão do professor Marcos Faria
Sem piso, sem carreira, e agora também sem merenda
Merenda é negada a professor
Segundo Secretaria de Educação, regra sempre existiu, mas não era fiscalizada
A falta de merenda para alunos - algo comum em épocas passadas - não é
mais o problema. Agora são os professores de escolas estaduais que
reclamam da proibição de comerem a merenda escolar. Segundo os
educadores, as Superintendências Regionais de Ensino (SREs) estão
apertando o cerco sobre a alimentação comprada com dinheiro público e
chegam a impedir até que os docentes tomem o cafezinho feito nas
instituições de ensino.
Como não recebem tíquete-alimentação, os profissionais se alimentavam durante o trabalho com a mesma comida oferecida aos alunos. A partir deste ano, no entanto, por determinação das SREs, os professores têm que tirar dinheiro do pagamento para fazer o lanche ou a refeição no expediente. Comprar comida dentro da escola também é inviável, já que a Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) mandou fechar os comércios que existiam em colégios.
O problema do uso da merenda por profissionais foi notado por membros do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação (MEC), durante visita a escolas mineiras, no ano passado. Embora não haja lei sobre alimentação escolar que proíba o consumo por professores, a SEE-MG emitiu ofício às SREs orientando que a prática é proibida. A alegação é que "o consumo é exclusivo dos alunos".
Reclamações. A reportagem apurou que a insatisfação ocorre em várias cidades. Conforme a SEE-MG, a orientação vale para todo o Estado. Em Nova Era, na região Central, uma diretora que pediu para não ser identificada informou que a proibição sempre existiu, mas que agora houve aperto na fiscalização. "Isso criou um constrangimento, pois a secretaria informou que não podemos dar comida aos professores nem se a merenda sobrar", disse. Ao todo, 23 escolas são vinculadas à SRE de Nova Era.
Em Itabira, no Vale do Aço, professores também não podem nem tocar na refeição fornecida pela escola. "Isso coloca os diretores contra professores e funcionários. Não recebemos vale-alimentação nem vale-transporte e muitos professores trabalham em dois turnos", declarou uma professora.
Na mesma cidade, uma docente que trabalha na Escola Estadual José Ricardo Martins
Fonseca disse que sofre represálias há 15 dias. "Sempre pudemos comer a merenda. Antes, os diretores faziam vista grossa, mas agora os inspetores estão pegando no pé".
O aperto na fiscalização ocorreu neste mês, após reuniões entre inspetores da SEE e diretores. Segundo uma professora que foi a um dos encontros, os diretores estão sujeitos a punições administrativas se descumprirem a ordem. A SEE nega que haja sanção.
Como não recebem tíquete-alimentação, os profissionais se alimentavam durante o trabalho com a mesma comida oferecida aos alunos. A partir deste ano, no entanto, por determinação das SREs, os professores têm que tirar dinheiro do pagamento para fazer o lanche ou a refeição no expediente. Comprar comida dentro da escola também é inviável, já que a Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) mandou fechar os comércios que existiam em colégios.
O problema do uso da merenda por profissionais foi notado por membros do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação (MEC), durante visita a escolas mineiras, no ano passado. Embora não haja lei sobre alimentação escolar que proíba o consumo por professores, a SEE-MG emitiu ofício às SREs orientando que a prática é proibida. A alegação é que "o consumo é exclusivo dos alunos".
Reclamações. A reportagem apurou que a insatisfação ocorre em várias cidades. Conforme a SEE-MG, a orientação vale para todo o Estado. Em Nova Era, na região Central, uma diretora que pediu para não ser identificada informou que a proibição sempre existiu, mas que agora houve aperto na fiscalização. "Isso criou um constrangimento, pois a secretaria informou que não podemos dar comida aos professores nem se a merenda sobrar", disse. Ao todo, 23 escolas são vinculadas à SRE de Nova Era.
Em Itabira, no Vale do Aço, professores também não podem nem tocar na refeição fornecida pela escola. "Isso coloca os diretores contra professores e funcionários. Não recebemos vale-alimentação nem vale-transporte e muitos professores trabalham em dois turnos", declarou uma professora.
Na mesma cidade, uma docente que trabalha na Escola Estadual José Ricardo Martins
Fonseca disse que sofre represálias há 15 dias. "Sempre pudemos comer a merenda. Antes, os diretores faziam vista grossa, mas agora os inspetores estão pegando no pé".
O aperto na fiscalização ocorreu neste mês, após reuniões entre inspetores da SEE e diretores. Segundo uma professora que foi a um dos encontros, os diretores estão sujeitos a punições administrativas se descumprirem a ordem. A SEE nega que haja sanção.
Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=199324,OTE
Comentário inicial do Blog: O
governo de Minas não paga o piso profissional nacional, destruiu a
carreira dos educadores, não paga vale refeição, nem vale transporte. E
agora cortou a merenda. Se o governo pagasse o piso corretamente na
carreira seguramente muitos professores não dependeriam da merenda
escolar para se alimentar. Mas com o salário de fome que o governo paga
faz com que vários professores, que são arrimo de família e trabalham em
dois turnos dependam desta merenda para se alimentar. O problema
principal não está no corte da merenda, mas no salário de fome que se
paga aos educadores, obrigados que estão a sobreviver com dois salários
mínimos apenas de teto salarial. Sem piso, sem carreira, sem merenda, e
até mesmo sem o cafezinho! Oh Minas!!!
Apelo de Minas Gerais ao Ministro da Educação: Olhai por nós no Fórum Nacional!
Por: Marly Gribel
Sr. Ministro Aloizio Mercadante, tomei a liberdade de lhe escrever em nome dos meus colegas, os profissionais da Educação de Minas Gerais.
Temos acompanhado com
muito interesse o discurso que o Sr. vem desenvolvendo a favor da
implementação do Piso Salarial Nacional para valorização dos
profissionais do Brasil. O Sr. reconhece que os salários pagos são muito
baixos, o que desvaloriza a profissão e afasta os profissionais mais
capacitados da área.
O Brasil é um país com
enorme potencial humano, mas as estruturas/ as instituições educacionais
são ruins em todo o Brasil e o resultado é este- um potencial
desperdiçado e uma carreira cada dia mais comprometida e correndo o
risco de desaparecer, ou empobrecer intelectualmente, em função dos
míseros salários que são pagos.
Sabemos que o Sr. promoverá um encontro com os secretários(as), estaduais e municipais de todo o Brasil num Fórum Nacional, inclusive com a participação das entidades que representam os profissionais do magistério e do próprio Ministério da Educação.
No entanto, o nosso
Estado - Minas Gerais - já está em plena campanha no seu Site oficial a
alardear que paga até mais que o Piso estipulado em Lei,
disponibilizando inclusive um link "Dito & feito", em que a Agência
Brasil, ligada ao governo Federal, afirma que Minas já paga um valor
bem acima do novo piso salarial. Isto não condiz em absoluto com a verdade.
O que ocorre é que o
governo de Minas orquestrou de forma organizada o fim das nossas
carreiras, adotando um modelo de remuneração- o Subsídio,
que nada mais é que o nivelamento/ achatamento salarial, com variações
mínimas entre um nível e outro de escolaridade, desconsiderando
inclusive o tempo de serviço trabalhado. Em síntese, o Piso Salarial é
descartado e implantado uma nova forma de remuneração que contraria
frontalmente o que está previsto na Lei 11.738/2008
Outro ponto relevante da Lei que foi desconsiderado em Minas é o tempo extra classe.
Assim como o Piso previsto em Lei este também não é adotado - A
secretária de educação confirma isto no Site oficial do Estado de MG.
A Educação no Brasil até
o presente momento foi palco de inúmeras especulações de todos os
partidos e sempre serve de base para Campanhas eleitorais, no entanto,
redundam sempre em promessas que nunca concretizam, arruinando gerações
inteiras que são submetidas a uma educação de péssima qualidade.
Neste sentido,
acreditamos que o investimento na Educação deve partir de uma coligação
política proactiva e também de riquezas presentes no Brasil e,
repudiamos prováveis medidas/promessas/ advindas de recursos como o do
pré-sal, como o Sr. vem apregoando, porque seria o mesmo que condenarmos
a uma realidade hipotética ou a longo prazo.
Queremos recursos para a
Educação vindos de riquezas reais, palpáveis e presentes no país, que o
Sr. como economista e actualmente ministro da Educação sabe melhor que
nós de onde provém.
Neste sentido,
aguardamos uma resposta positiva deste encontro no Fórum Nacional. Um
retorno imediato para que os Estados cumpram a Lei como ela se impõe e
não como os estados e municípios querem que seja, pois corremos o risco
de comprometermos de forma irreparável a qualidade da Educação no
Brasil, visto que esta é uma das profissões menos valorizados no país e
portanto, menos atractivas no mercado de trabalho.
Ciente que é grande a responsabilidade de sua missão, em função da importância da Educação para o futuro de qualquer nação, subscrevo em nome dos educadores de Minas Gerais.
Fonte: http://gribelm.blogspot.com.br/
Fonte: http://gribelm.blogspot.com.br/
segunda-feira, 26 de março de 2012
Dona Maria, a Educação e o Piso
Dona Maria, a vizinha de um amigo, saiu cedo para comprar um pacote de café, além de verduras e legumes para preparar o almoço, como acontece todos os dias. Naquele momento, seus dois filhos, Ana Rita e Joãozinho, já se encontravam numa escola pública da cidade. Dona Maria insistia em dizer para os amigos que, quando criança, não pode estudar, pois tinha que trabalhar na lavoura para ajudar os pais dela.
- Quero que meus filhos façam o que eu não pude fazer. Quero que eles estudem, que se formem, que arranjem um bom emprego e se tornem gente na vida", dizia dona Maria, na sua forma simples e direta de ver as coisas.
A frase aparentemente comum desta senhora reflete muitas verdades. A primeira delas, sobre a importância da Educação na nossa vida. A escola tem uma importância muito grande para todos nós. É através do estudo formal nas escolas que a maioria da população tem acesso às letras, aprende a ler, a escrever, a resolver os cálculos matemáticos, dos mais simples aos mais complexos; adquire noções gerais de espaço, de tempo; aprende sobre a história da humanidade, sobre a geografia sócio-espacial; adquire noções sobre biologia, física, química, filosofia, sociologia, educação artística e educação física, além de iniciar o aprendizado em outras línguas. É um novo horizonte que se abre a cada dia na vida dos estudantes, não importa a idade que eles tenham.
Mas, a escola não apenas contribui para proporcionar aprendizado e conhecimentos, ela gera a interação entre os alunos, e entre estes e os profissionais da Educação, responsáveis pela produção do ensino que é realizado no espaço escolar. E a dona Maria, vizinha de um amigo, naquela passagem curta e objetiva, disse mais duas outras verdades: preparar o estudante para algum ofício, e para ser gente na vida. Talvez esta última parte da fala da dona Maria seja a mais importante: a escola pode preparar as pessoas para o chamado mercado de trabalho, isso acontece de fato. Mas a melhor preparação que uma escola pode dar é através da formação cidadã, da formação crítica de cada estudante.
Quando se aprende a ver o mundo de forma diferente, a desenvolver uma opinião crítica sobre as coisas que acontecem à nossa volta; ou a enxergar com outro olhar aquilo que tentam nos convencer pela TV ou pela rádio, significa que se adquiriu um valioso instrumental de análise e percepção das coisas, para toda a vida. Formar pessoas capazes de pensar a sua existência, individual e coletiva, de forma crítica, com independência no pensar, é proporcionar qualidade na formação destas pessoas. Este é o principal papel da escola.
Esse tipo de educação depende de profissionais preparados e devidamente valorizados e motivados. Quando a dona Maria matriculou seus filhos numa escola pública, ela esperava que aquela instituição oferecesse para os filhos dela o melhor em matéria de ensino. Mas, para que haja este ensino de qualidade, é necessário que o estado, ou seja, que os governos invistam parte expressiva do dinheiro público na valorização dos profissionais da Educação. Para isso a lei federal determinou que houvesse o pagamento de um piso salarial nacional para os educadores. O piso é a parte mínima, inicial, que, acrescida de gratificações e vantagens que o profissional adquire na sua carreira, poderia atender as necessidades básicas de sobrevivência deste profissional da educação.
Mas, dona Maria não sabe que na escola onde seus filhos estudam muitos professores abandonaram a carreira, pois encontraram outra atividade fora da Educação com remuneração bem mais atraente. Ela também não sabe que os outros professores, que decidiram permanecer na Educação, encontram-se desmotivados, pois o governo do estado de Minas não paga o piso salarial que é lei federal, e além disso alterou a carreira dos profissionais da Educação, provocando grandes perdas para estes servidores.
A Constituição Federal assegura que os filhos da dona Maria têm direito ao ensino público gratuito, universal e de qualidade. Esta mesma constituição considera que, para atingir este objetivo, é preciso valorizar o trabalho dos educadores, e o pagamento do piso salarial é um dos instrumentos para que isso aconteça.
Ao não pagar o piso, o governante - seja ele federal, estadual ou municipal - está contrariando, desobedecendo a legislação federal. Além disso, ao não pagar o piso corretamente na carreira, como manda a lei, os governos contribuem para destruir a carreira do magistério e a própria escola pública. E como consequência disso, ajudam a destruir o sonho da dona Maria e dos seus dois filhos, e de muitas outras Marias, Anas e Joãozinhos.
Por isso, é importante que os educadores, com o apoio da dona Maria, dos seus vizinhos e filhos se juntem numa luta comum pela Educação pública de qualidade para todos, com a valorização dos profissionais da Educação, exigindo do governo do estado (ou federal, ou municipal), o correto cumprimento da Lei do Piso.
Pergunta-se: o que se pode fazer para que a lei seja cumprida? Por que será que os governos não investem na Educação e nos educadores? O que a comunidade pode e deve fazer para exigir os seus direitos, como: Educação pública de qualidade, Saúde pública decente, moradia digna, segurança, lazer, entre outros?
domingo, 25 de março de 2012
Diretamente de João Monlevade para Minas Gerais, o exemplo de blusa que pode ser confeccionada. Outros dizeres ou frases: "Minas não paga o piso dos profissionais da Educação", ou "Minas não paga o piso dos educadores e com isso prejudica os alunos e toda a comunidade"; ou: "Educação de qualidade sem piso salarial não existe. Minas não cumpre a lei e não paga o piso dos educadores", entre outros.
sábado, 24 de março de 2012
Em fase de teste...
Olá,
esta é a página inicial do Blog do NDG. Estamos em fase de construção do blog. Contamos com a sua compreensão e participação.
Um forte abraço,
Equipe do NDG - Minas Gerais - 2012
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